Todos nós, gostemos mais ou menos de história, património, arte e cultura, acabamos sempre por, em algum momento das nossas vidas, visitar museus, monumentos e espaços que são um bem da comunidade e, como tal, precisam ser respeitados e preservados.
Garantir a salvaguarda e a consideração pelos espaços está ao alcance de qualquer um. É, aliás, uma obrigação de cada um de nós!
Usar, abusar e achar que, a qualquer momento, se poderá restaurar, remendar ou remediar as más práticas do passado é uma ideia inconsciente e ultrapassada.
Assim sendo, compilei um conjunto de boas práticas a aplicar quando se visitam estes locais, a saber:
1. Confirmar se pode fotografar/ filmar
Alguns destes locais proíbem as fotos e/ ou as filmagens, pelo que devemos sempre confirmar se é possível ou não fazê-lo; normalmente existe sinalética informativa, mas, caso não haja, pergunte a um técnico ou funcionário do local; se for proibido, por favor, respeite a regra.

2. Jamais deitar lixo para o chão
Pode parecer demasiado básico, mas a verdade é que há muitas pessoas que não têm o mínimo de civismo e deitam lixo para o chão, quer em espaços abertos, quer em espaços fechados; sempre que tiver material para deitar fora use o caixote do lixo mais próximo e, caso não aviste nenhum, coloque num saco (caso o tenha consigo), na mala ou, simplesmente, procure o recipiente, pois não poderá estar muito longe; se necessário questione um técnico ou funcionário, pois está lá para ajudá-lo.

3. Não tocar
Tocar nem que seja numa parede leva ao desgaste! Lembre-se que um determinado espaço pode ter centenas e centenas de visitantes por dia, por isso, se todos os dias todos os visitantes tocarem numa parede ou num objeto, as próximas gerações não terão o que visitar; a sério, não toque em nada (a não ser que estejamos a falar de uma experiência interativa, claro)!
Tocar nem que seja numa parede leva ao desgaste! Lembre-se que um determinado espaço pode ter centenas e centenas de visitantes por dia, por isso, se todos os dias todos os visitantes tocarem numa parede ou num objeto, as próximas gerações não terão o que visitar; a sério, não toque em nada (a não ser que estejamos a falar de uma experiência interativa, claro)!

4. Nunca trazer
Por mais bonita que seja uma peça, uma planta ou outro objeto, tudo deve permanecer no seu lugar, de modo a que os próximos visitantes também o possam ver tal e qual como é, pois o património é de todos e deve ser usufruído com responsabilidade; a maior parte destes espaços possui lojas de recordações onde poderá adquirir diversos produtos ou réplicas.

5. Preservar
Jamais se deve riscar, pontapear, destruir, ou usar qualquer tipo de ato de vandalismo: um monumento conta uma história, a história dos nossos antepassados que muito passaram para os construir; trata-se de uma herança deixada que temos o dever de fazer permanecer nas melhores condições.

6. Respeitar
Quando visitamos um monumento ou museu devemos evitar a poluição sonora; isto não quer dizer que temos que o visitar em silêncio absoluto, no entanto trata-se de um espaço que está a ser frequentado por mais pessoas e portanto devemos respeitar tudo e todos, fazendo o menos barulho possível; os telemóveis devem permanecer no modo “silencioso”.

7. Cumprir
Cada monumento, museu ou espaço cultural tem o seu horário específico de abertura e fecho, pelo que, antes da visita, deverá informar-se acerca desta questão e respeitar o estipulado; desta forma poderá desfrutar da experiência com calma e descontração, respeitando, também, o local e os funcionários do mesmo.

8. Divulgar
As práticas de ecoturismo indicam que deve haver uma relação contínua entre as pessoas que visitaram o local e os residentes; no que diz respeito aos espaços de cultura, estes devem ser divulgados, pois o aumento do turismo (responsável) ajuda a melhorar a economia local e a preservar o património; na área do turismo o “passa palavra” é a melhor técnica de marketing que se pode utilizar.

9. Sugerir
Enquanto visitantes devemos ter capacidade crítica e, caso identifiquemos algo que está menos bem, ou tenhamos alguma sugestão, devemos questionar os técnicos do espaço onde a poderemos deixar – a sugestão permite melhorar, desde que seja feita de forma construtiva, sugestiva e argumentativa.

10. Praticar a gentileza
Quando visitamos um espaço cultural devemos ser gentis com os outros visitantes, pois além de ser simpático, demonstra uma atitude de empatia e acolhimento, permitindo criar uma imagem agradável do local e a vontade de regressar.

Espero que estas dicas sejam interessantes, úteis e de fácil aplicação. Parece-me que sim.
E você, o que acha?
Identifica-se com estas práticas?
Algo de novo?
Costuma aplicar?
Conte-me tudo, quero saber!
—– Artigo originalmente publicado no Linkedin. —–
Boa tarde
Acabei de ter uma breve discussão com a responsável do Museu Agrícola de Atalaia, Montijo.
Estou com um grupo de colegas estrangeiros e estava a tentar fazer de intérprete e explicar a história do museu consoante ia ouvindo da senhora.
De repente surge uma palavra q eu não sei traduzir e pego no telemóvel para procurar e imediatamente ouvi um raspanete( não é permitido usar o telemóvel, nem tirar fotos, etc…) Retorqui dizendo que ia apenas procurar a tradução de uma palavra). E a senhora foi muito rude comigo. Estou a tentar ajudar e ainda sou tratada como uma uma criança malcriada.
Desculpe o desabafo.
Olá Paula! Agradeço a partilha da sua história. De facto, hoje em dia, estamos muito dependentes da tecnologia e, por isso, não vemos mal numa simples pesquisa. A questão é que se abrimos exceções elas tornam-se a regra e a regra a exceção, compreende? Talvez a senhora do museu não a tenha abordado da forma mais cordial e isso é só lamentável, mas tente perceber que a base tem fundamento. Sugiro que, numa próxima ocasião, tente usar mais a sua criatividade para encontrar a melhor forma de se expressar, vai ver que é capaz! Força e bom trabalho! 😉